Brasileiras lideram em tempo recorde estudo sobre o coronavirus
O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, publicou nesta sexta-feira (29) o sequenciamento genético completo do primeiro caso o novo coronavírus SARS-CoV2 do Brasil e da América do Sul — de um paciente de 61 anos, morador de São Paulo.
Estudo liderado por pesquisadores coordenados por
Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e
bolsista da agência de fomento Fapesp. Ela desenvolve pesquisas sobre o
mapeamento do Zika no Brasil. Ao lado dela, estava Claudio Tavares Sacchi,
do Instituto Adolfo Lutz.
Segundo a pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus, do Instituto
de Medicina Tropical, o sequenciamento por nanoporos (poros em escala
nanométrica) foi feito em um dispositivo portátil inovador lançado pela startup
britânica Oxford Nanopore Technologies. Ele se conecta a um software que
funciona como uma “tecla SAP”, ou seja, é capaz de “traduzir” o genoma.
“Desde a década de 1970 se faz sequenciamento genômico e
a ideia era fazer sequenciamento em campo e trabalhar em tempo real. Esse
sequenciador é menor que um celular e conectado a um computador por meio de um
cabo USB. Consegue fazer um sequenciamento da célula de fluxo, como se fosse um
chip onde estão os nanoporos. Dentro dele, colocamos as sequencias da amostra
que vai ser “lida” ao passar pelos poros”, explica a pesquisadora.